Um dia desses, nós saímos para passear num shopping e decidimos almoçar em um restaurante. E, especialmente naquele dia, a pequena estava com audição seletiva. Sabe, quando escuta só que quer?
Isso normalmente é uma chatice, porque causa uma repetição infinita de frases, tanto da minha parte, quanto da parte do papai.
Tudo que falávamos era respondido com um: "Quê?"
Enquanto esperávamos a refeição chegar, a pequena soltou:
- Nossa, você só falou a mesma coisa hoje!
E aí, resolvemos brincar com isso e fizemos uma lista com as coisas que ela mais ouviu de nós.
Demos muita risada.
Foi divertido perceber como é que as nossas orientações e conversas ficaram guardadas para ela.
Realmente, a audição estava seletiva, ela guardou só o que era importante.
PS: Como o mundo anda muito chato, estranho, delicado, já vou me antecipar e fazer uma explicação para que não exista nenhuma má interpretação. Sabe aquele cheirinho de criança suada, aquele perfuminho de quem brincou e foi feliz para valer? Nós chamamos de cheirinho de macaquinho. Isso, aqui em casa, é um elogio. O cheirinho de macaco é um perfume que só quem viveu de verdade todas as brincadeiras do dia pode ter! A gente sempre termina dizendo que esse cheirinho será guardado em um potinho, para perfumar a nossa vida todos os dias. E para nós, esse cheirinho é uma delícia de verdade.
PS do PS: Outra explicação é sobre a frase "não mexe nas coisas", como a pequena é da geração touch, ela acha que tudo é de colocar a mão. Por exemplo, quando entra num banheiro público, ela faz questão de tocar tudo (TUDO), o mesmo vale quando ela entra em uma loja, restaurante e lugares desse tipo. Então, é uma questão de higiene e de respeito por aquilo que não é nosso. Não é uma frase que tolhe as oportunidades de exploração do ambiente.
Beijos
Nenhum comentário:
Postar um comentário