O tema de hoje pode ser polêmico, e justamente por isso quero desde já afirmar que esta é a minha opinião, e apenas quero compartilha-la. Apenas isso...
Há alguns meses li em um blog a experiência de uma mãe de primeira viagem que mora nos Estados Unidos, ela comentou que por lá (em algumas cidades) o exame para a verificação da sexagem fetal é realizado antes da 18ª semana, pois caso a mãe não esteja contente com o resultado (menino ou menina) ela tem o direito de interromper a gestação. Ponto.
Durante esta semana fui muito questionada sobre o segundo filho, se o quero, quando quero... E me surpreendi com a quantidade de opiniões sobre se deveria ter um menino ou outra menina. Algumas pessoas encheram a boca para dizer que o certo seria ter um casal, outras que o melhor para a pequena seria ter uma irmã e estes sempre acrescentavam: coisas de meninas são muito mais fofas! Ponto.
Durante o final do dia, comecei a pensar sobre o relato daquela moça, sobre o que ando escutando e comecei a refletir sobre a gestação, sobre a concepção e sobre o impacto disso na família. Quem é adepto ao modo de pensar "tenho minha preferência" pode achar que estou sendo hipócrita, mas cada um tem o direito de pensar o que quiser, de quem quiser; isso não significa que o que penso é o correto, ou que o que pensam de mim seja o correto.
Enfim, quando fiquei grávida fiquei muito curiosa para saber se estava a espera de um menininho ou de uma menininha, fazia chutes, fiz mandingas, brincadeiras, tabela chinesa, e óbvio o ultrassom. Mas não engravidei para ter uma menininha, eu engravidei para ser mãe! Não engravidei para ter uma menina e chamá-la de Isabela (olha só, a primeira vez que o nome da pequena aparece no blog!), engravidei porque queria aprender outra forma de amar, porque queria que o amor que existe entre eu e papai pudesse ser compartilhado com alguém especial. Eu sempre disse para o marido que nunca ficaria engravidando para tentar um menino ou uma menina, apenas que se fosse possível gostaria de ter dois filhos. Eu sofri na pele essa história: o sonho do meu pai era ter um meninão, e ainda que me sinta amada por ele e hoje entenda que "era só uma preferência", cresci achando que meu irmão era mais especial para ele do que eu. Eu não desejo isso para ninguém, muito menos para minha filha (ou para os filhos que eu possa ter).
Hoje em dia temos o direito de escolher quando queremos ser mãe, quando queremos constituir nossa família, mas não temos o direito de fazer alguém se sentir menos importante porque não era minha "preferência", ou de ainda interromper uma gestação simplesmente porque não é o menino ou a menina que desejávamos.
Amo minha pequena pelo simples fato de ela ser minha filha, não a amo porque as coisas que posso comprar para ela são fofas, até porque coisas são apenas isso: coisas! Não agregam valor algum a ninguém... Caráter, educação, valores: isso sim faz diferença... E quando eu e papai decidirmos que está na hora de ter o segundo bebê, vou ficar muito curiosa para saber quem está chegando para somar à família, mas vou amar pelo mesmo motivo, não por preferência.
Eu espero de coração que você não tenha preferência, e que saiba amar seu bebê independente do gênero com o qual ele/ela nasceu, depois que minha pequena nasceu aprendi que o amor incondicional é verdadeiro, e quero ama-la (e ao próximo bebê também) sempre desta forma, simplesmente porque são meus filhos!
2 comentários:
Olha, o meu sonho sempre foi ser MÃE e a v9ida me pregou uma peça pois nem a forma que eles vieram dependeram de mim, quanto mais se seria menino ou menina. Acredito que o amor é INCONDICIONAL e isso já diz tudo. Bjos
Simplesmente perfeito!
Tudo!
Inclusive o comentário da Flá...
Amo vocês!
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