É engraçado passear com um bebê no colo, e o mais interessante é que os Ilustres Desconhecidos têm certeza de que você está aberta para conversas. No fim de semana fui ao shopping com a pequena e o meu marido; e veja um exemplo do que tivemos que escutar: na fila do restaurante um senhor (bem senhor mesmo!) chegou perto do carrinho, me olhou e perguntou se ela era minha. Sorri, disse que sim e voltei os olhos para o cardápio, imaginando que ele já havia ido embora, mas na verdade ele continuava lá e me perguntou se estava interessada em vendê-la, explicou que seu sonho é ter uma bisnetinha, mas suas netas só lhe dão bisnetos. Sorri novamente (levando na esportiva) e disse que não, puxei o carrinho mais perto de mim (com um pouco de medo daquela intromissão), prossegui com o menu, e por fim ele foi embora! Convenhamos, um bebê – qualquer que seja – é a coisa mais fofa do mundo, e por mais orgulhosos que os novos papais estejam, não é nada educado abordá-los fazendo comentários desnecessários. Seria maravilhoso se os Ilustres Desconhecidos lembrassem que não fazem parte do círculo de amigos da família, e que se limitassem a sorrir e acenar, evitando qualquer constrangimento. Se não bastasse tudo o que temos que aprender para cuidar de um bebê, é preciso ter um jogo de cintura daqueles para não piorar a situação!
Veja bem, se quero vender a pequena? Essa pergunta não se faz nem de brincadeira...
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