Durante a gravidez me dediquei a buscar o maior número de informações possíveis sobre a maternidade, e a observação atenta do comportamento das minhas amigas que já são mães, fez parte do meu levantamento de dados. Uma das coisas que mais me chamava atenção era que elas pareciam ter superpoderes! Elas eram capazes de prever o futuro; sempre as ouvia dizer “acho que ele está ficando doentinho”, ou ainda “daqui a pouco ela vai ficar chata”. Elas tinham a habilidade de ler pensamentos, traduzindo o sentimento dos pequenos que ainda não conseguiam falar. Tais superpoderes me facinavam e ficava me perguntando se também os receberia; até que ontem a noite, enquanto nos preparávamos para dormir, olhei para meu marido e disse: “ai... ela vai chorar”. Dito e feito! Alguns minutos depois, lá estava a pequena nos nossos braços, e: chorando. Naquele instante descobri que os superpoderes na verdade são uma característica de um relacionamento de intimidade, afinal estou com ela o tempo todo, meu mundo tem girado em torno das necessidades dela, e estou cada dia mais sensível aos sinais que ela me dá. Mas confesso que ainda me sinto desajeitada, em alguns momentos sei exatamente como agir, em outros não e aí fico me perguntando: Cadê meus superpoderes? O que me consola é uma frase do compositor Toquinho: "o certo você saber, errando, errando e errando!" Tadinha da pequena... Mamãe tem aprendido tanto!
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