quinta-feira, 19 de maio de 2011

aventura?

Sempre falo que a maternidade tem sido uma aventura, isto está escrito na maioria dos textos, e vive na ponta da língua. Resolvi então, pensar a respeito da a palavra aventura, e uma série de imagens veio a minha mente: Indiana Jones (o aventureiro mais conhecido!), lembrei de desenhos que assistia quando criança: As Aventuras de Tin Tin, As Aventuras de Babar. Lembrei-me também do filme com o James Franco, o 127 Horas, que conta a aventura do alpinista que fica preso em uma fenda... Enfim, em todas essas imagens o aventurar-se tem o Q de perigo, de suspense, de desafio!
Pensando por esse lado, realmente ser mãe tem sido uma aventura! Sempre que acho que aprendi um caminho, a pequena vem e muda todas as regras, cada dia é diferente, cada instante traz algo novo, uma arte nova, uma conquista nova, uma birra diferente. Meu desafio hoje tem sido o final do banho (nunca tive problemas com isso), mas assim que começo a secá-la meu martírio tem início! Ela se contorce, chora, grita, perde o fôlego, esperneia e só vai parar quando vai para o quarto dormir. O escândalo é tão grande que uma vez minha vizinha veio perguntar se a pequena estava doentinha. Nestes momentos, sinto todas as emoções ao mesmo tempo, e preciso me lembrar o tempo todo que eu sou o adulto na relação, e que por isso minha conduta precisa ser adequada, mas isso é muito difícil, realmente é um desafio!
A verdade é que podemos viver uma aventura dentro do nosso banheiro, simplesmente dando banho em nosso bebê, mas assim como nos filmes, desenhos e personagens, o final é feliz! Pois quando superamos o perigo, o suspense e o desafio, um sorriso lindo, um chamego gostoso e um cheiro delicioso nos é dado como recompensa, esse é o tesouro mais precioso que uma aventureira pode encontrar!

terça-feira, 17 de maio de 2011

brinquedos antigos

Fui passear com a pequena em uma cidadezinha onde meus pais me levavam quando eu ainda era a pequena deles. Na verdade fui eu, pequena, vovó e vovô. Depois de andarmos por boas horas, resolvi que queria comprar um brinquedinho antigo para ela, o dito cujo é aquele passarinho, que ficava preso em uma haste e quando você o solta de cima da haste, ele vem “bicando” como um pica pau até embaixo. Lembra?
Pois bem, passei a tarde toda procurando... Sem exagero, entrei em todas as lojinhas que tinham alguma coisa de brinquedo – qualquer brinquedo! – quando perguntava para os vendedores eles me diziam com um olhar saudosista: “Ah, sim! Nossa... Lembro, sim. Mas não vendemos mais.”
Depois decidi que qualquer brinquedo antigo estaria valendo, fui atrás dos cataventos (não tinha mais, só os de jardim), cordas (“Pra fazer o quê? Me perguntavam!), bilboquê,  peteca, até peão eu procurei... A única coisa que encontrei foi a constatação de que esses brinquedos não estão na moda, estão esquecidos em algum lugar, ou estão guardados só na memória.
Claro que eu não quero que a pequena seja uma E.T. que não saiba mexer no computador, que não tenha um videogame, não é nada disso. O que eu quero é que ela tenha equilíbrio em meio a tudo isso, ou seja, quero que ela brinque de bambolê e de todos os outros brinquedos que procurei hoje, assim como quero que ela desfrute dos benefícios dos brinquedos tecnológicos e atuais. Fiquei chateada por não achar os brinquedos antigos que fizeram parte da minha infância, mas não desisti, em algum lugar eu vou encontrar!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

365

Há exatos 365 dias, me encontrava deitadinha, com uma menininha que eu ainda não conhecia na barriga, preocupada como seria o momento da sua chegada, com um computador, revistas, uma garrafa de água e mil pensamentos. Daquele dia para cá, confesso: meus pensamentos não foram mais os mesmos – de jeito nenhum!
Hoje, um ano depois, não estou mais deitadinha e são raros os momentos que posso ficar assim, conheço muito bem a menininha apressada que estava na minha barriga, ela continua aprontando, me deixando de castigo e em alguns momentos me deixando louca, testando todos os limites e todo autocontrole que existe dentro de mim. Ao meu redor, permanece apenas o computador, porque agora vejo bonecas, ursos e coelhos de pelúcia, brinquedos espalhados (os quais já não agüento mais guardar, vou torcer para eles aprenderem o caminho da caixa).
Tenho amado e me descabelado a cada minuto desta minha nova vida, e nunca imaginei ser possível viver tão intensamente e de forma tão especial um amor como este. Que venham muitos outros 365 dias, afinal acredito que ainda que viva muitos anos, nunca deixarei de ser uma mãe iniciante tentando aprender com os erros, tentando me adaptar as mudanças que a pequena traz a minha vida, assim como às mudanças que a vida traz a vida dela.
Feliz um ano de Maternidade para Iniciantes!

domingo, 8 de maio de 2011

coisas que aprendi com minha mãe

Passei o dia todo pensando em coisas que aprendi com a minha mãe, não estou falando sobre coisas relacionadas ao cuidado com a pequena (isso ela tem me deixado descobrir sozinha), mas ensinamentos que ficaram marcados dentro de mim. Aqui estão apenas cinco deles, mas que fazem parte de quem sou e daquilo que quero ensinar para a minha pequenina.

1. Ame a Deus, mas ame muito!
2. Abra a janela do seu quarto todas as manhãs e agradeça sempre por mais um dia vivido.
3. Você nem sempre estará certo, por isso seja humilde para reconhecer seus erros e limitações.
4. Faça tudo o que precisar para garantir a proteção e o cuidado daquelas pessoas que você ama.
5. Quando casamos deixamos a família de nossos pais, por isso zele pela família que você está começando.

Essas coisas não estão em ordem de importância, acredito que na minha vida elas estão todas em primeiro lugar. São ensinamentos que ela nunca me falou, ela apenas viveu e vive, e seus dias têm servido de testemunho para minha própria vida! E você? O que tem aprendido com a sua mãe?
FELIZ DIA DAS MÃES!