segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

se eu soubesse

Se eu soubesse que eu nunca mais dormiria em paz.
Se eu soubesse que nunca mais conseguiria relaxar tomando um banho.
Se eu soubesse que a minha paciência seria testada em todos os limites.
Se eu soubesse que não conseguiria ter um instante só meu.
Se eu soubesse que o meu coração se dividiria entre estar longe e querer estar perto, e estar perto querendo estar longe.
Se eu soubesse que as vezes é muito difícil.
Se eu soubesse que é tão frustrante educar.
Se eu soubesse antes, de verdade disso tudo e outros mais, muito provavelmente eu não desejaria ser mãe. Muito provavelmente eu ficaria só com o meu cachorrinho.
Mas hoje eu também sei que: um carinho de criança é a melhor coisa do mundo. Um sorriso arteiro é sensacional! Uma gargalhada é um instante único. Cada conquista é, de verdade uma vitória! E que por mais difícil que as coisas estejam, uma coisa boa, é infinitamente maior do que todas as ruins.
Então, acho que a vida é muito sábia em permitir que a gente descubra essas coisas com o tempo, talhando a maturidade e a experiência em nossos dias.
Agora eu sei também, o que é viver um dia difícil, sabendo que mesmo que esse dia não esteja ótimo, ele ainda é melhor do que o melhor dia que vivi quando não era mãe.

domingo, 18 de dezembro de 2011

dando notícias

Hoje eu só queria contar que estamos bem, não estamos cem porcento, mas estamos quase lá.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

mãe prevenida vale...

...será que vale apenas por duas mães? Estou começando a ter alguns ganhos com a minha ansiedade... Já não era sem tempo!
Ano passado a pequena teve febre na semana do Natal, isso complicou muitas coisas pra mim, porque eu tinha me esquecido de algumas lembrancinhas e tive que enfrentar shopping lotado, com bebê iniciando comidinhas e novas rotinas + febre, remedinhos e eteceteras... Esse ano, falei para o marido que não queria deixar as coisas se acumularem, preferia correr agora (leia-se final de outubro e novembro), mas ter o mês de dezembro mais calmo. Ele a princípio me achou meio louca, ora não é normal comprar lembrancinhas de Natal logo após o dia das crianças, mas ele achou que já que era loucura, então era melhor não contrariar... E assim, iniciei tranquila as aquisições, comprei coisas pela internet e não fiquei desesperada com o prazo dos Correios, consegui preços mais legais. Enfim, já está tudo organizado.
Mas não estou contando isso para me gabar das minhas habilidades de planejamento... É aqui que queria chegar:
Estamos a quinze dias do Natal, o mesmo cenário de shoppings se repete, além disso essa semana é a última de atendimentos, muitas demandas ocorrendo. E adivinha com mais o quê tenho lutado? Se sua reposta é: com a febre da pequena! Acertou, mas coloca aí que eu também estou com muita dor de garganta e dor no corpo... Tá vendo porque uma mãe prevenida vale mais que duas? Imagina só, eu mãe iniciante, com filha doente, entrando de recesso, com lembranças de Natal, material escolar e uniformes para comprar nas últimas semanas do ano?
Eu ainda não sei o que ela tem, mas desde segunda estamos nessa toada de antitermicos de três em três horas, dormir não tem sido nada fácil, uma pela preocupação, e outra que quando a gente tá pegando no sono, logo acorda porque tá na hora do remédio.
Como as coisas estão adiantadas, eu consigo cuidar só dela! Viu só, ainda sou iniciante, mas já estou começando a aprender!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

material escolar

Desde sempre sonhei com esse momento - o de escolher o material escolar de um filho! Certeza que você vai pensar: "Nossa que grande bobagem!", mas preciso falar que isso é importante pra mim. ÓBVIO momentos mais especiais virão e têm vindo, mas esse é o que eu estou vivendo agora!
Eu sempre (e quando digo sempre, é sempre mesmo, é algo que eu pensava quando minha mãe me levava para escolher o material) imaginei como seria escolher o material para uma pessoinha pela qual eu seria responsável. Eu observava a minha mãe fazendo cotações, separando com carinho e cuidado os itens, encapando (eu sou da época do encapar, da folha de papel almaço e na minha lista tinha carbono de mimeógrafo... tira sarro depois, ok?), e ela etiquetava com a letra caprichada para o meu material ficar bonito. E eu me sentia cuidada, com tanto carinho... Isso me fazia cuidar do meu material, e até hoje tenho uma queda por papelaria...
Então, após tomar nossa decisão, o próximo passo foi buscar a lista de materiais e iniciar o processo de compra. A papelaria que escolhi foi a mesma que minha mãe me levava, fica numa esquina no centrão da cidade, ao entrar lá um misto de alegria e saudade me preencheu. Entreguei a lista para o atendente e fui seguindo-o em cada prateleira, olhando com carinho e imaginando as artemanhas que a pequena realizará com estes itens. Chegando em casa com aquele monte de coisas, elaborei uma etiqueta mega super duper personalizada, uzando todas as minhas habilidades internéticas... E a minha recompensa foi o olhar maravilhado da minha fofa ao ver cada coisinha. Ela ainda não compreende o significado disso para mim, é como se fosse uma tradição de amor, que recebi da minha mãe, e que quero passar para ela. Eu sei são coisas perecíveis, mas eu quero que ela leve para a escola um pedacinho do meu amor, carinho e cuidado... Tem coisas que são mais fáceis de sentir do que de explicar... E para encerrar esse post vou compartilhar a música do Toquinho, que tem tudo a ver com essa história, e o clip tem tudo a ver o que eu tentei compartilhar:


sábado, 10 de dezembro de 2011

top 10 palavrinhas

A pequena está começando a querer falar, e sua listinha tem aumentado... Entre Isabelês fluente, ela tem arriscado o português com maior frequência, e segue a lista abaixo da mãe coruja iniciante:

1. Au au
2. Miau
3. Piu
4. Rhaouhr (dinossauro)
5. Mamama (quero acreditar que é mamãe)
6. papi (esse eu tenho certeza que é papai)
7. Neé (Noé da história da Arca de Noé)
8. Dá (com muitos pontos de exclamação no final)
9. Naoum (Não)
10. Dadaí (Cuidado aí - curiosamente começou a fazer parte do vocabulário alguns dias depois do primeiro grande susto!)

Outras como Mén (amém), Olha, e Ó lá já estão há algum tempo, o top 10 são as mais recentes!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

arte de Natal

Sabe aquelas pessoas que estão atoladas de coisas, mas acham que ainda estão desocupadas? Oi, muito prazer, essa sou eu!
Em meio a tantas atividades, eu achei que deveria aprontar uma arte de Natal com a minha pequena, agora que ela já está mais crescidinha. Pois então, entrei eu em uma loja de artes, comprei umas coisinhas e quando estava indo embora, uma tela de pintura resplandeceu em minha frente, impulsivamente coloquei a tela junto com as coisas, adicionei um kit de pintura a dedo, e fui para a casa fervilhando de idéias para fazer com a pequena! No caminho me lembrei de uma idéia que tinha visto no Portal Casamenteiras, e já fui planejando o dia ideal de fazer essa pequena travessura...
Eu queria muito registrar essa peripécia, então era extremamente necessário que o papai estivesse presente para fotografar e me ajudar com a lambança, e por isso o dia escolhido foi um sábado. Depois que eu cheguei do trabalho, abri um saco plástico bem grande e forrei o chão da sala, coloquei a tela no chão, a tinta ao meu lado, e a pequena no meu colo. Lambequei a mão dela com tinta verde, mas lambequei muito!
A respiração dela ia ficando pesada e profunda, conforme eu melecava tinta na mãozinha dela, depois comecei a carimbar a tela diversas vezes, até que consegui formar a copa de um pinheiro. Como se a meleca não estivesse grande o suficiente, eu fiz tinta marrom (com a ajuda do papai, porque eu provavelmente devo ter faltado a essa aula de artes e não lembrava quais cores juntar para criar o marrom, o papai pediu ajuda para o Mr. Google e azul, amarelo e vermelho viraram o meu marrom).
Sabe o que eu fiz? Deixei ela descalça coloquei os pezinhos dentro da tinta e depois carimbei-os na base da copa, e assim eles deram forma ao caule do pinheirinho.
Eu ainda não tive tempo de comprar o papel laminado dourado para fazer a estrela, mas o quadro já está na minha sala, colaborando com a decoração natalina e o melhor de tudo é que quando ela passa pelo quadro ela diz: "ó lá" e dá um suspiro maravilhoso!

Lembra que não está pronta! Depois eu coloco a foto com a estrela dourada!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

achados e perdidos

Sinto muito pelo silêncio, mas quem me conhece sabe que em meio a um turbilhão de acontecimentos o meu piloto automático é quieto (não confunda com tranquilo, ok? Ansiedade nas alturas!), tentando encontrar a ordem das coisas. Não, por favor não pense que já está tudo nos eixos, muito pelo contrário, mas já está no eixo suficiente para começar a tagarelar novamente. E senta que lá vem história!
Você já perdeu alguma coisa? Isso mesmo! Com certeza em algum momento você já deve ter perdido algo, pois bem, lembre-se do exato sentimento de desespero de não imaginar onde foi que você esteve com o objeto em questão pela última vez... Lembrou? Guarda ele aí!
Gosto de pensar que sou uma pessoa organizada, não sou neurótica e não vivo para isso, mas tento manter a casa e vida dentro de uma ordem, e isso é bastante desafiador quando se tem um furacão de 80 cm, um ano e meio, em um apartamento de 69,5m², num condomínio com quase nenhuma opção de lazer.
Um dia desses, depois de ter arrumado o apartamento pela milésima vez, olhei bem para a pequena e falei: "Ó filha, chega! A mamãe não aguenta mais por hoje... Vai ficar assim mesmo e eu vou ver TV com você, combinado?" E sentei no chão, rodeada de livros, ursos, brinquedos, peças de montar e tudo o mais que tinha direito. A pequena me olhou com uma carinha de pena, levantou e começou a arrumar as coisas ela mesma (e do jeito dela). Eu fiquei sentada por uns minutos só observando a cena, então por pura curiosidade me levantei e fui ver a arrumação.
No chão do banheiro ela colocou delicadamente a almofada do sofá, em cima do criado mudo do meu quarto, ela arrumou perfeitamente o sapato que o papai tinha deixado ao lado da cama, na cozinha dentro de um pote, estava o meu relógio, e a chave do carro? Ah, lembra daquele sentimento que eu tinha pedido para você lembrar? Use-o agora!
"Filha, onde você colocou a chave do carro?"... silêncio... "Filha, é importante, mostra para a mamãe onde esta a chave do carro." - A pequena olha, olha e solta um "Ah piiii, buiaga... Digun, digum... Cumtá!" e aponta para todos os lados. E durante a busca pela chave, eu encontrei objetos que nem imaginava que poderiam estar ali... Uma chupeta (que ela não chupa, mas oferece para todos os personagens daqui de casa) dentro de um sapato que estava guardado dentro da sapateira, uma colher de pau - na caixa de brinquedos, canetas e lápis de cor em todos os cantinhos da casa.
Foram necessárias 72 horas para que as buscas fossem encerradas e o caso da chave guardada foi solucionado, pois a bonitinha tinha achado um lugar fantástico para as chaves: atrás da cômoda de trocar fralda! Não é um lugar excelente?
Ela a cada dia tem mostrado um jeitinho mais criança, ela tem deixado o jeito de bebê e tem se transformado em uma menina incrível, e eu fico aqui observando, lidando com o caos e com a minha mais nova ocupação: Gerente do Departamento de Achados e Perdidos da Família Oliveira!