quarta-feira, 25 de agosto de 2010

mãegaiver

Você se lembra do Macgyver (ou Magaiver para nós brasileiros)? Eu realmente gostava de assistir o programa, afinal o cara era um máximo! Ele pegava uma goma de mascar, um grampo de cabelo, um punhado de terra e BANG! Víamos uma explosão gigantesca que colocava abaixo todo o quartel inimigo. Mas você deve estar se perguntando o que o Magaiver tem a ver com a experiência de ser mãe? Absolutamente tudo! Vou explicar.
A pequena está numa fase gostosa, mas sua atenção ainda é curta, portanto o repertório de brincadeiras precisa ser vasto. E assim como o Magaiver, tenho me percebido realizando proezas indescritíveis para entreter minha nobre platéia; por exemplo: minhas mãos viraram fantoches, maquininha de fazer cócegas e instrumentos de acompanhamento musical. Minha mente que tinha alguma habilidade filosófica e analítica, agora só é capaz de memorizar histórias e músicas infantis, e repeti-las ao ponto da exaustão neuronal! Meu rosto virou parque de diversões, meu colo transformou-se em máquina automática de balanço, e assim por diante... Para meu espanto, fui capaz de fazer a tarefa de lavar louças ser um evento de grande entretenimento, espetáculo este que me rendeu lindos sorrisinhos!
Por isso, acredito que toda mãe é Mãegaiver, pois somos capazes de realizar o impossível com os materiais disponíveis! A diferença entre nós e o Magaiver, é que ele explodia coisas para salvar o dia. Ao passo que nós recebemos sorrisos banguelas e babados para ganhar o dia!

cometários liberados!

Oi,
Quero pedir desculpas pela falta de habilidades internéticas desta blogueira iniciante. Não era possível postar comentários por problemas técnicos na pecinha que montou o blog, ou seja, eu mesma! Mas com a super ajuda do marido, o blog está apto para receber seus comentários... se você quiser comentar é claro!
Então, o espaço está aberto!
Com carinho,
Mãe Iniciante

terça-feira, 17 de agosto de 2010

carta ao ilustre desconhecido

Querido Ilustre Desconhecido,

É verdade, nunca nos encontramos antes; e não quero que tenha uma impressão errada de minha educação. Desejo de todo o coração que nossa relação seja o mais saudável e breve possível, entretanto em algumas situações o percebo bastante invasivo em minha experiência materna, o que pode ocasionar comportamentos ríspidos da minha parte. Assim sendo, escrevo-lhe com a melhor intenção, para que nossos encontros sejam bons. E a fim de auxiliar a compreensão, ofereço alguns exemplos de possíveis entraves.
Ex. 1: Se nos encontrarmos em um pet shop (ou em qualquer outro lugar!), não importa quão linda você ache a pequena, e quantas vezes você diga que lavou a mão; minha resposta sempre será “Não, você não pode pegá-la no colo!”
Ex. 2: Se nosso encontro se der em um fraldário e eu estiver trocando a pequena, não acharei nada simpático se você pegar seu filho(a) mais velho para mostrar a “piriquitinha” SCID (Segundo Comentário de Ilustre Desconhecido) da pequena, simplesmente para que seu filho veja como é diferente, ou ainda, para lembrar sua menininha de que ela já foi deste tamanho.
Ex. 3: Se em um shopping nos encontrarmos, por favor, não diga frases do tipo “Nossa como você é corajosa! Trazer um bebezinho tão petiquinho no shopping... Boa sorte, viu?” - Afinal quando e onde iremos passear com ela, não é decisão sua.
Ex. 4: A pequena não esteve, não está e NUNCA estará a venda! Por isso: não insista!
Ex. 5: Se nos encontrarmos em uma fila e nós estivermos usando o direito de atendimento preferencial, evite olhares inconformados. Caso você nunca tenha tido um bebê, certamente não compreende que minutos são preciosos, pois se o choro começar nem você vai querer ficar por perto.
Tomei a liberdade de usar exemplos reais, pois entendo o quão difícil é lidar de forma adequada com essas situações. Mas acredito piamente que poderemos nos encontrar em paz quando pequenas atitudes de respeito e limite forem adotadas.

Com Carinho,
Mãe Iniciante

terça-feira, 10 de agosto de 2010

rápido, muito rápido...

Hoje coloquei a pequena deitada na minha cama para que eu pudesse trocar de roupa, e enquanto ia de um lado para o outro pegando minhas coisas, percebi que ela estava virando a cabeça, acompanhando cada passo meu, fazendo barulhinhos deliciosos de alegria. Em meio a euforia de mais uma conquista que a pequena alcançou, lá no fundo do meu coração soou um alarme: está passando depressa! Ando absorta em fraldas, mamadas, músicas infantis e brincadeiras, e tem sido difícil ficar atenta aos dias e as horas, e a agilidade dos minutos tem me assustado! Sei que você deve estar pensando: “calma, não sofra por antecipação”; mas a verdade é que estou sofrendo por constatação! O tempo passa; e não tem intenção nenhuma de respeitar o meu desejo de que ele ande vagarosamente. Na verdade sinto que ele tem conspirado com a pequena, que tem mostrado uma pressa enorme de crescer... A estratégia que estou usando para “enganar” o tempo é tentar acompanhar cada momento, vivendo de verdade cada instante, ainda que seja rápido demais, assim não me sinto roubada por ele, mas privilegiada por testemunhar o crescimento da pessoa mais importante da minha vida!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

ilustres desconhecidos

É engraçado passear com um bebê no colo, e o mais interessante é que os Ilustres Desconhecidos têm certeza de que você está aberta para conversas. No fim de semana fui ao shopping com a pequena e o meu marido; e veja um exemplo do que tivemos que escutar: na fila do restaurante um senhor (bem senhor mesmo!) chegou perto do carrinho, me olhou e perguntou se ela era minha. Sorri, disse que sim e voltei os olhos para o cardápio, imaginando que ele já havia ido embora, mas na verdade ele continuava lá e me perguntou se estava interessada em vendê-la, explicou que seu sonho é ter uma bisnetinha, mas suas netas só lhe dão bisnetos. Sorri novamente (levando na esportiva) e disse que não, puxei o carrinho mais perto de mim (com um pouco de medo daquela intromissão), prossegui com o menu, e por fim ele foi embora! Convenhamos, um bebê – qualquer que seja – é a coisa mais fofa do mundo, e por mais orgulhosos que os novos papais estejam, não é nada educado abordá-los fazendo comentários desnecessários. Seria maravilhoso se os Ilustres Desconhecidos lembrassem que não fazem parte do círculo de amigos da família, e que se limitassem a sorrir e acenar, evitando qualquer constrangimento. Se não bastasse tudo o que temos que aprender para cuidar de um bebê, é preciso ter um jogo de cintura daqueles para não piorar a situação!
Veja bem, se quero vender a pequena? Essa pergunta não se faz nem de brincadeira...