Já tinha experimentado sair com a pequena, ficar sem a pequena, e agora – pela primeira vez – experimentei deixá-la para ir trabalhar. Durante todo esse tempo oscilei muito entre o medo de voltar e o medo de não voltar. A semana que antecedeu o evento foi cheia de frios na barriga, dúvidas sobre como seria o tempo longe dela, dúvidas sobre como seria voltar a colocar a mão na massa, mas enfim, como o tempo não respeita nossos anseios e passa independente do nosso desejo, o dia chegou.
O trajeto de casa até o trabalho pareceu curto de mais, como se eu precisasse encompridar o tempo que tinha com ela e o papai, meu coração ficou apertadinho, e ao chegar frente ao prédio, não tinha como evitar, dei um beijo nela, outro no papai, respirei fundo e fui.
O tempo passou tão rápido quanto antes, e logo eu estava juntinho deles de novo! E preciso confessar que me arrumar, preparar a minha bolsa (não a bolsa de passeio dela, mas MINHA!), sair e ficar longe por um tempo, me fez um bem danado, pois saí da rotina de todo dia, fiz coisas que gosto de fazer e me senti a antiga eu – por algumas horas.
Não, não foi fácil... Mas como tudo que tenho aprendido nesses últimos meses, foi muito bom! Descobri que sentir uma “saudadinha” ajuda a ver a rotina com outros olhos, e que a pequena sobrevive muito bem longe de mim. Então o balanço final foi muito bom!
