terça-feira, 28 de dezembro de 2010

nos vemos no ano que vem!

O blog teve início em maio, mas os textos começaram alguns meses antes. Ganhei no Natal (2009) – de uma amiga muito especial – uma agenda, e comecei a escrever um diário, detalhando cada momento dos meses de gestação que ainda faltavam. Lá estão os esboços, as frases soltas, os sonhos e os desejos escancarados. O marido, lendo meu diário me falou que eu deveria dizer o que pensava em voz alta – “quem sabe um blog”, ele disse. Faltou-me coragem, mas a idéia não me saiu da mente.
Lembro-me que a coragem veio com o repouso (ironicamente), não podia me levantar para pegar minha agenda preciosa, e tinha apenas o computador ao meu lado. Numa ousadia, entrei no site, e pensei “se o nome que eu quero estiver disponível, eu faço o blog – caso contrário continuo com a agenda”. Digitei “Maternidade para Iniciantes” e... aqui estou eu.
Nestes últimos sete meses aprendi coisas maravilhosas! Não as troco por nada... Pensei que ninguém se interessaria, e que somente o marido daria uma passada ou outra, mas o MPI já recebeu mais de 1900 visitas, pessoas do Brasil, EUA, Canadá, Itália, Espanha, Nova Zelândia e Japão. Nunca imaginei que o blog assumiria essa proporção. E por isso, só tenho a agradecer!
Viveremos novas aventuras, ao menos temos que esperar pelo engatinhar, pelo jantar, nova rotina de sono, os primeiros dentinhos, os primeiros passinhos, o primeiro aniversário, e todo o recheio entre essas descobertas. Quero continuar dividindo todas elas! 2010 foi mais que especial e desejo de coração que 2011 seja tão bom quanto e ainda melhor, não só para mim, pequena e papai, mas para todos que fazem parte de nossa história – seja concretamente, seja virtualmente!
Então este post não é um adeus, mas sim um até logo! Nos vemos no Ano que vem!

sábado, 25 de dezembro de 2010

o Natal

Tinha uma imagem idealizada de como seria nosso primeiro Natal, seria algo parecido com um filme, tudo lindo, com música gostosa tocando, comidinha especial, a pequena brincando, uma coisa maravilhosa! Doce ilusão...
A primeira coisa que ignorei (coisa de mãe iniciante) foi: um bebê - que dorme cedo - tem muita dificuldade para esperar o Papai Noel, e consequentemente dará trabalho por conta do sono tremendo que sentirá.
A segunda coisa que ignorei foi: ela tem apenas seis meses, a véspera do Natal e qualquer outro dia, para ela, são a mesma coisa, não faz difença. E a quebra da rotina a deixou irritada - como qualquer outro bebê ficaria.
A terceira coisa que ignorei - e essa eu já deveria saber de cor - foi: a vida com um bebê não é previsível, temos que estar preparados para tudo.
Na quinta-feira, a pequena começou com febrinha, que persiste até hoje. Na véspera do Natal, amanhecemos no hospital, a avaliação indicou que não há nada que justifique a febre (ótimo isso, né?), a noite passamos com nossas famílias, e com a pequena se contorcendo de sono e irritada. Chegamos em casa tarde, muito tarde, conseguimos colocá-la para dormir mais de duas da manhã, e as seis... Sim, olha a febre de novo!
A minha ilusão natalina foi por água a baixo! Mas foi um Natal Especial, independente dos acontecimentos, antes de mais nada, como mãe iniciante aprendi muito! E depois, foi o primeiro Natal que passamos com ela, e isso já basta! E o mais impotante, é que não foi uma ilusão, foi um Natal Real!
Espero que o seu Natal tenha sido menos tumultuado, mas igualmente especial e real!

FELIZ NATAL!
Mãe Iniciante, Pai Iniciante e Pequena

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

sr. porteirooo

Dia desses, estava dando almoço para a pequena, e comecei a escutar: “Socooorro, Sr. Porteiro, estou presa no elevador!”. A frase se repetiu algumas vezes, e percebi que o meu andar era o palco do espetáculo. Saí correndo, bati no elevador e disse: “Oi, estou aqui, vou te ajudar. Fique calma que já vou abrir o elevador...” A verdade é que não tenho conhecimento nenhum sobre o funcionamento de um elevador, mas precisava acalmar a pequenina que estava gritando cada vez mais alto. No meio da confusão ela me disse: “Tia, eu sou só uma criança e estou presa no elevador! Me ajuda.” Num lampejo – que não sei de onde veio – apertei o botão do elevador como se o estivesse chamando, e as portas se abriram. A menina me deu um abraço apertado de obrigado, e ouviu os passos da mãe (que é minha vizinha da frente), e num piscar de olhos, ela já estava lá embaixo – mas desceu pelas escadas.
foto: conversadeelevador.wordpress.com
Contei tudo isso, porque queria chegar aqui: quando contei para a mãe o que tinha acontecido, ela começou a dar risada e dizer “Bem feito!”, ela me disse que já havia avisado a filha para não ficar brincando no elevador e que ela precisava do que tinha acontecido para aprender. Mãe experiente é outra coisa! Eu provavelmente teria ficado desesperada, saído atrás da minha filha para saber se ela estava bem, mas a mãe experiente reconheceu a oportunidade, divertiu-se com ela e foi terminar o seu banho! Um dia um chego lá!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

hora do almoço

Há alguns dias começamos a rotina com alimentos, primeiro o suco pela manhã, depois de uma semana, iniciamos as frutinhas e hoje foi o dia da primeira papinha salgada! O suco e a fruta foram muito bem recebidos, e confesso que estava morrendo de medo da papa salgada, mais pelo trabalho e por achar que não conseguiria fazer comida de bebê, do que pela aceitação da pequena.
Então o dia começou como sempre, mamadas, suco, soneca relâmpago, mamada e lá foi a mamãe preparar a papinha. Pica a cenoura, o tomatinho, a batata, o alface, a cebola, coloca tudo na panela, dá uma fritadinha, adiciona a pitada de sal, um litro de água e espera secar. Fiz tudo segundo a recomendação da médica. Pequena vem para o cadeirão, coloca o babador, experimenta a primeira colherada e: careta! Mamãe acha fofo e normal... Segunda colherada: bico... Mamãe pensa que ainda é normal... Terceira colherada: o maior berreiro do mundo!
Foi preciso tirá-la do cadeirão, passear pelo apartamento e muita paciência. Depois de acalmados os ânimos, consegui fazer com que ela provasse mais um pouco da papinha, que por fim ela gostou – ao menos não chorou!
A idéia de que fazer comida de bebê era difícil – desapareceu. E descobri que o mais difícil é convencer a pequena de que a comidinha é gostosa e vale a pena! Quem sabe os próximos dias não serão menos traumáticos!

sábado, 11 de dezembro de 2010

a sós

Fiquei sozinha pela primeira vez, Papai e Pequena foram dar um passeio rápido e eu fiquei em casa. E me diverti com o meu comportamento!
Enquanto a preparava para o passeio, meu coração batia acelerado, numa mistura de ansiedade pelo momento de solidão e pela separação. Quando a vi saindo pela porta, um buraco tomou o espaço do meu coração e não sabia como reagir, fui correndo para a janela para vê-la só mais um pouquinho. Quando o carro saiu da minha vista, olhei para o apartamento e o achei estranho, como se faltasse alguma coisa – e na minha primeira experiência a sós, sai procurando desesperadamente por alguma coisa para fazer. Arrumei as coisas que estavam espalhadas, limpei as coisas dela, guardei roupinhas passadas, sentei na frente da televisão e fiquei zapeando. O passeio durou uma hora, foi rápido, mas para mim durou uma eternidade inteira!
Num determinado momento comecei a rir sozinha, lembrando da minha mãe que sofria horrores cada vez que eu e meu irmão saíamos de casa, ela sempre dizia que a casa ficava enorme sem a nossa presença – eu achava um absurdo! E cá estou eu, vivendo o absurdo! Dizem que quando nos tornamos mãe, compreendemos melhor a nossa própria mãe, e o duro é que é verdade!!!