Antes de a pequena entrar em minha vida, minha rotina profissional era uma loucura, e honestamente me sentia muito orgulhosa por fazer milhares e milhares de coisas ao
mesmo tempo. Aliás, essa é uma característica muito forte em mim, sempre faço milhões de coisas, fico exausta, prometo que vou ter mais tempo livre e quando o tenho, preencho-o com mais quatro trilhões de coisas. Enfim, na gravidez quando fiquei de castigo, fui obrigada a viver uma coisa de cada vez, uma semana de cada vez, um dia de cada vez, e comecei a ter mais prazer nessa “vida de roça” e uma espécie de ojeriza da vida que tinha antes.
Ser mãe tem sido minha profissão ultimamente, é um trabalho sem remuneração, horário comercial extenso, pouquíssimo tempo de almoço, sem direito a férias, feriados e finais de semana, muitas vezes é necessário realizar horas extras na madrugada – sem receber adicional noturno, e por incrível que pareça: é o melhor emprego que já tive!
A licença maternidade está acabando, e por mais que as coisas estejam encaminhadas quanto ao que fazer daqui pra frente, o sentimento de estar entre a cruz e a espada é muito forte; pois se me tornar mãe profissional, estarei ficando fora de casa, longe dela o dia todinho, e vou perder os sorrisos da manhã, o chorinho da tarde, as brincadeiras e o rostinho lindo e tranqüilo enquanto mama, outra pessoa vai ver tudo isso em meu lugar, e só de pensar nessa possibilidade começo a chorar. Por outro lado, me sinto culpada, como se jogasse para o alto todo o esforço e empenho que tive na construção da minha carreira.
Essa crise, apesar de apertar meu coração e me desafiar em cada papel que desempenho, tem me ajudado a dimensionar o amor que tenho pela pequena, pela minha família e pelo meu trabalho. Mas e aí? Mãe profissional ou profissão mãe?

Ser mãe tem sido minha profissão ultimamente, é um trabalho sem remuneração, horário comercial extenso, pouquíssimo tempo de almoço, sem direito a férias, feriados e finais de semana, muitas vezes é necessário realizar horas extras na madrugada – sem receber adicional noturno, e por incrível que pareça: é o melhor emprego que já tive!
A licença maternidade está acabando, e por mais que as coisas estejam encaminhadas quanto ao que fazer daqui pra frente, o sentimento de estar entre a cruz e a espada é muito forte; pois se me tornar mãe profissional, estarei ficando fora de casa, longe dela o dia todinho, e vou perder os sorrisos da manhã, o chorinho da tarde, as brincadeiras e o rostinho lindo e tranqüilo enquanto mama, outra pessoa vai ver tudo isso em meu lugar, e só de pensar nessa possibilidade começo a chorar. Por outro lado, me sinto culpada, como se jogasse para o alto todo o esforço e empenho que tive na construção da minha carreira.
Essa crise, apesar de apertar meu coração e me desafiar em cada papel que desempenho, tem me ajudado a dimensionar o amor que tenho pela pequena, pela minha família e pelo meu trabalho. Mas e aí? Mãe profissional ou profissão mãe?
(foto: profissaoweb.com)