Então chegou o dia, minha pequena se tornou oficialmente uma criança!
As coisas começaram na sexta-feira, nós fomos ao colégio para entregar os materiais, conhecer as professoras, receber as primeiras orientações, e ficar um pouco no espaço que daqui para frente será grande parte da vidinha dela. Já na sexta, ela me mostrou que quem estava realmente sofrendo era eu, ela chegou dormindo, mas assim que acordou já saiu correndo, brincando no pátio, junto com as outras crianças, e isso acalentou um pouco o meu coração.
Digo que foi só um pouco, porque sexta, sábado e domingo chorei até pegar no sono. É estranho pensar nisso, mas até aqui minha relação com ela era de "exclusividade", nós passávamos o dia todo em uma rotina familiar, e os momentos que estávamos longe eram breves e raros, mas agora existirão outras pessoas - que eu não conheço, ao menos por enquanto - que estarão dividindo com ela a alegria de participar da vida dela. O sentimento é de perda, e por mais que não estou de fato perdendo a minha pequena, o sentimento é esse.
Bom, chegou a segunda-feira, e a minha estratégia foi seguir nossa rotina comum da manhã: acordar, mamar uma mamadeira, ver desenho, dar banho nela, arrumar a casa, preparar o almoço, dar o almoço, almoçar... E só depois de tudo é que coloquei o uniforme (aliás a mochila já estava pronta, arrumei no domingo retrasado)...
O uniforme não passou pelo crivo fashion da pequena, que cada vez que o olha, apronta um berreiro dizendo "NAOUN" bem cheio e redondo, foi preciso muita paciência e muita história do Noé para distrair e aceitar colocar o bendito, que nem é feio assim! Mas pegamos a mochila (hoje não precisava levar a lancheira) e fomos!
Chegamos atrasados - calculamos errado o trajeto (abafa!), mas primeiro dia, né? Estava todo mundo atrasado, quando entramos na escola, a coordenadora estava apresentando as professoras, as auxiliares, e nos ensinando como funciona o "bom dia" (na escola todas as crianças são recebidas pelas professoras no pátio, fazem uma oração, e depois seguem para a classe - sem os papais!), e assim foi, a única opção para os pais subirem junto para a sala era: se a criança estiver chorando.
Adivinha? A Pequena nem pestanejou, pegou a mão da auxiliar e foi-se embora, nem tchau me deu! Mas isso não impediu eu e o papai de sairmos correndo e conseguir vê-la entrando na classe, o papai foi embora e eu fiquei lá, segurando as lágrimas (eu não podia ser a única mãe chorando no pátio da escola - aliás consegui, viu? Não chorei!). Fiz algumas novas amigas, mas o assunto era sempre básico: Oi, em que classe seu filho está? Puxa que legal! A minha está na... E assim por diante.
Passado uma hora, a coordenadora veio até onde estavam as mães, e foi dando notícias para cada uma, para mim ela disse: "Você é a mãe da Isabela Oliveira? Ela está chorando um pouco porque assustou com o choro de um coleguinha, mas ela já está se acalmando, e ela faz parte do grupo que está muito bem!" Ao mesmo tempo que eu achei um máximo ela estar super bem e não estar estranhando a minha falta, fiquei mordida por ela não ter sentido nem um pouco a minha falta... Poxa, filha um pouco de consideração, né?
Mas é bem melhor assim! Quando deu três horas, eu comecei a por lenha na fogueira e convenci algumas mães a subirem comigo (já era hora de buscar os pequenos), ao chegar na sala, chamei-a, recebi um sorriso lindo de viver, ela correu pegar seu desenho e me deu! A tia me deixou trazer para casa e já pendurei na geladeira.
E assim foi o primeiro dia de aula da nossa vida! Agora é se adaptar e curtir muito a nova fase...
E quero aproveitar e agradecer muito cada visita, nesse mês de janeiro batemos o recorde de visualizações, foram mais de 1000!!! Tá sendo divertido cuidar do blog desse jeito novo!
Espero que você esteja gostando, porque eu estou amando poder compartilhar tudo isso!!!